Os 100 trials que mudaram a história da Medicina Intensiva
Luiz Marcelo Malbouisson Editores da Série Brenno Rizerio Gomes, Vagner Madrini e Thiago Luis Scudeler
Até a década de 1920, o conceito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) era reservado a pequenas iniciativas com o intuito de monitorar os pacientes em ambientes controlados, sem grandes tecnologias disponíveis. Na década de 1920, a Unidade de Terapia Intensiva foi criada a partir da evolução das “Salas de Recuperação Pós-Anestésica” para pacientes submetidos à neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins, sendo a primeira UTI criada em 1926 em Boston pelo Dr. Walter Dandy. Durante a epidemia de poliomielite na década de 1950, houve o surgimento dos “pulmões de aço”, protótipo dos modernos ventiladores mecânicos. Logo após, na década de 1960, houve o desenvolvimento dos monitores multiparamétricos e, a partir daí, o crescimento e a consolidação das Unidades de Terapia Intensiva. Posteriormente, a especialidade foi reconhecida. No Brasil, a Medicina Intensiva é uma especialidade relativamente nova, reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB) desde 1981 e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1992. O surgimento das UTIs marcou um dos maiores progressos obtidos pela medicina, visto que antes dela, o cuidado ao doente grave realizava-se nas próprias enfermarias o que, muitas vezes, representava um risco à evolução do paciente. O livro 100 trials que mudaram a história da Medicina Intensiva conta a história da construção das práticas mais atuais na Terapia Intensiva, desde as primeiras descobertas da ventilação mecânica protetora até as mais atuais relacionadas ao manejo de pacientes com COVID-19. Dividido pelas especialidades, o livro mostra, em ordem cronológica, os principais estudos publicados no campo da medicina intensiva, com o objetivo de ajudar o leitor a construir um senso crítico para o aprimoramento de suas habilidades práticas.